QUAL O QUÊ...
IVONE TEVE UM TRECO DE ANGÚSTIA E REVOLTA.
DESDE ONTEM ELA ESTAVA COM AQUELE OLHAR INJETADO SEI LÁ DE QUÊ , O OLHAR QUE IMAGINO NOS 20 OLHOS DE RAVANA, O DEMÔNIO QUE RAPTOU SITA, A AMADA DO SR. RAMA...
ESTOU RELENDO O "RAMAYANA", VERSÃO DE WILLIAM BUCK, ATÔNITA COM A RIQUEZA DE DETALHES.
COINSIDENTEMENTE, LENDO SOBRE RAVANA...
E A TIA ENRAIVECENDO...
O NASCIMENTO DE RAVANA É DECRITO DE TAL FORMA QUE EU FECHO O LIVRO PARA TOMAR AR...QUANDO ELE NASCEU,TODOS OS CÃES DO MUNDO UIVARAM AO MESMO TEMPO.
AQUI EM CASA UIVAMOS TODOS.DESDE ONTEM.
MAS A BOMBA "I" ESTOUROU HOJE.
E FOI MUUUUUITO DIFÍCIL.
A DIFICULDADE É A DOR DELA,ENTENDEM?
EU TUDO POSSO...
COMPRAR COISAS,MIMAR,ACARINHAR.TRATAR.
MAS NÃO POSSO TIRAR DELA A DOR ETERNA CAUSADA PELO DESDÉM DO FILHO.
É EXISTENCIAL.
E FOI ESSE O MOTE DA GRITARIA.
CHORO E RANGER DE DENTES,TENHAM CERTEZA.
ELA NÃO CHORAVA:URRAVA.
E NÃO PARAVA.
CONSEGUI QUE ELA GRITASSE ,MAS GRITASSE PELO SANTO NOME DO SENHOR JESUS.
E PERCEBI QUE TERIA QUE ENDURECER...
E ENDURECI.
MEDIQUEI E...
DEI UM BASTA FEDERAL NA MINHA VELHINHA...
PERGUNTEI SE REALMENTE ELA ACREDITAVA EM ALGO OU ALGUÉM...OU SE A DEVOÇÃO PELO NAZARENO ERA SÓ DA BOCA PARA FORA.
POIS NÃO DISSE ELE : - EM TUDO DAI GRAÇAS???
- NO MUNDO TEREIS TRIBULAÇÃO,BOM ÂNIMO?
A FONO DELA ESTAVA AQUI E VIU TUDO.E SUGERIU QUE O PASTOR DELA AQUI VIESSE,PARA UM COLÓQUIO COM A TIA.
ELE VEIO HOJE MESMO! PASSOU BOA PARTE DA TARDE AQUI E FIZ QUESTÃO DE NÃO ESTAR.PARA QUE ELA SE SENTISSE À VONTADE PARA TUDO.
FIQUEI NA LANCHONETE DA ESQUINA, AGARRADA COM MEU RAMA.
E QUANDO ELE SAIU, ME LIGARAM E VOLTEI.
ENCONTREI UMA IVONE PEREIRA COM ROSTO INCHADO DE CHORAR, MAS CALMA.
E SORRIDENTE.
E CARINHOSA.
SOUBE QUE O PASTOR NÃO DEIXOU BARATO E QUESTIONOU S POSTURAS DELA.SOUBE QUE ELE SE PROPÔS A VOLTAR...
O NEUROLOGISTA MUDOU A MEDICAÇÃO.
E LA NAVE VÁ...
UMA VENDA NOS OLHOS
UMA VENDA NOS OLHOS
PROTEGEU-ME O SONHO
CONTRA TUDO QUE UM DIA PADECI.
UMA VENDA NOS OLHOS
- UMA LANTERNA
ACESA SOBRE AS COISAS QUE NÃO VI -
SALVOU-ME O BRILHO QUE FICOU NO VERSO
DE TODA A REALIDADE QUE VIVI.
ÂNGELO MONTEIRO - DE PASSAGEM - 1994/2000
Paz e Luz
cris
terça-feira, 23 de junho de 2009
UM PRESENTE ESPECIALÍSSIMO.
PESSOAS,
QUANDO EM RECIFE, REENCONTREI UM POVO ASSIM, DE LUZ...
UM POVO COM QUEM COMPARTILHEI ANTIGAS PROPOSTAS DE TRABALHO ,JÁ FINDAS.
MAS VIVAS EM MEMÓRIA, REALIZAÇÃO E AMIZADE.
ENTÃO UMA DESSAS PESSOAS NOS DEU( A MIM E A VOCÊS) UM RELATO DE SUA EXPERIÊNCIA COM A MÃE...O DIVIDIR A DOR COM OUTROS CUIDADORES...E VER A FACE DA MORTE CHEGAR, PARA DESATAR OS LAÇOS CARNAIS.
OU SEJA: OURO EM PÓ...EM PALAVRAS...
TRANSCREVO UM POEMA E DEPOIS,NA ÍNTEGRA, A FALA DE "FLOR DE LÓTUS", A ABENÇOADA PESSOA.
LINDA E LIMPA, PAIRANDO ACIMA DESSA TRAGETÓRIA FAMILIAR.
COM VOCÊS, ÂNGELO E FLOR DE LÓTUS! CLAP CLAP CLAP!
É SÓ REZAR / ÂNGELO MONTEIRO/ O DESTINO DAS PALAVRAS/2000/2001
ENTRE NÓS CRESCE O PARQUE
VERDE VERDE VERDE
E É JAZIGO DE TUDO QUE NOS PERDE
OU NOS VIGIA.
ENTRE NÓS DORME O PARQUE
E TODA A VIDA QUE ARREFECEU
UM DIA.
POIS UM DIA
TODAS AS COISAS SE ESQUECEM
E UMA VOZ CLARA HÁ DE DIZER
- COM A MAIOR TRANQUILIDADE -
SOBRE OS TÚMULOS
E OS SEUS HOSPEDEIROS PARA SEMPRE:
DEPOIS É SÓ REZAR.
"Morte e processo de morrer
Quanto mais simples melhor.
Vamos descomplicar,retirar do mistério o momento do retorno às estrelas lá do céu.
Todas as ajudas são muito bem vindas e que cada um faça do seu jeito.
O que conta prá o doente e prá os acompanhantes é que todos sintam-se incluídos e amados.
Assim o fantasma da culpa por omissão não vira um pesadelo, e que pesadelo,pesado de muitas toneladas.
Acompanhar minha mãe,uma senhora de mais de 70 anos,já viúva,nosseus últimos meses e dias aqui na terra me deu a chance de começar a sentir menos medo da morte,do momento de desencarne em seu momento,naquela hora.
Aprendi coisitas simples e de muita força:
1 - Morrer em casa : que morrer em casa bem no seu espaço costumeiro,seu quarto,seus objetos,seus ares,sua janela por onde olhar o mundo,no caso o quintal lá fora pode ser bem mais aconchegante e tranquilo que num hospital.
Minha mãe morreu em casa com consequ~encias clínicas respiratórias,após uma longa depressão.
Morrer em casa,no lar.
Minha mãe morreu em casa por escolha e decisão nossa,de suas filhas,depois de várias idas e vindas ao hospital.
Para que esta decisão fosse tomada,nos reunimos as filhas com seu terapeuta,nos escutamos e cada uma pode dizer em que medida poderia estar presente nos rodízeos de plantão além da equipe médica responsável.Claro que passamos por muitos espaços de medo,medo da responsabilidade,medo de estar presente bem na horinha de seu vôo,medo de ser de noite,medos medos,muitos medos.
Mas nos juntamos e escolhemos.
Acedito que pesa muito o medo de errar seja lá o que for.
Como se qualquer erro fosse nos levar ao caos.
2 - A contribuição de cada um ao seu jeito : Cada uma de nós suas filhas,tinha seu jeito de contribuir: uma,a quem era mais difícil estar perto fisicamente pois isto lhe causava enorme sofrimento,cuidava das compras, de abastecer a casa com alimentos e outras providências administrativas.As outras ,além de estar alí ao lado fisicamente,recebiam vizinhos que vinham visitá-la e faziam assessoria geral no andamento das intervenções médicas,contatos e conversas.
3 - O uso da caderneta : Utilizamos um cadernito,tal qual um diário de bordo,com anotações do que se passava no nosso plantão.
Claro que não era um prontuário médico,mas um lugar onde escrevíamos o que queríamos sobre o desenrolar de seu comportamento e reações,visitas etc. e na hora da troca de plantão podíamos nos falar também de outras coisas da vida de cada uma de nós mesmo que rapidinho.
4 - O foco era a vida e não a morte : E isto fez muitas diferenças e também nos poupou de falações repetitivas.
5 - Oferecer o que se gosta: Foi só uma semana,seu tempo em casa.
Assim procurei oferecer a ela coisas que ela gostava:(isso também pode ser feito nos hospitais em algumas proporções)
A música : minha mãe sempre ouvia muitas músicas, ela adorava cantores populares e programas de rádioao meio dia tipo "almioço musical".
Eu sabia que ela estava presente e que seu coração e espírito escutavam mesmo que não manifestasse sinais no exterior e nem se comunicasse mais falando com a gente.
O cantor cantava e eu também.Às vezes me emociionava e chorava e dizia prá ela que meu choro era de emoção, de lembrar o quanto ela gostava daquela música.
6 - Chorar é uma bênção : tem gente que diz não chorar na frente do doente.
Aprendi a pensar diferente e penso diferente:o choro é uma bênção!Uma manifestação pura da emoção seja ela de medo,alegria,tristeza e até raiva(tem gente que quando está irado chora e chora)
Pois então,chore na frente,de lado,na diagonal,na paralela e em qualquer ângulo pois prá quem sabe,pois creio que o doente subsente que vai morrer isto não vai acelerar ou retardar sua hora.Isto vai lhe mostrar nossa humanidade.Nós humanos somos sensíveis e choramos.Sentimos dor e prazer.
Já se permitiu chorar acompanhado?
É genial o alívio quese sente juntos.
Sim...voltando a minha mãe
7 - Leitura de textos:Textos poéticos ou não - leituras do jornal do dia para quem gosta.
Mamãe gostava de escrever e poucos anos antes de sua doença se agravar,nos decidimos editar seus escritos,ora narrativas,ora poemas,com a ajuda de todos os seus 4 filhos,juntamente com seu terapeuta,um homem franzino no corpo físico mas corpulento e corajoso em seu espírito.
Ela se orgulhava de seus escritos e assim eu lia em voz alta prá ela.
8 - O momento da hora da morte - saber o que pode acontecer :Sim, muito importante:fez parte da decisão de trazê-la para casa saber dos médicos o que ia ou poderia acontecer nos seus últimos momentos.
Eles nos falaram que ela iria parar de respirar.
Então, não haveria sangramentos,vômitos ou outros movimentos físicos mais desconcertantes prá nós leigos.
E assim se fez,mamãe foi mudando de cor, e a respiração foi se concluíndo até um suspiro mais prolongado.
E assim seu espírito voou lá prás estrelas vestida no seu vestido cor de rosa que mais gostava.
Sim não esqueça de peerguntar com que roupa seu doente quer viajar prás estrelas
Lá bem no fundo de sua alma e de seu coração(mesmo que a alma não precise de vestimentas prá chegar nas estrelas) ele vai ficar bem contente de opinar,tenha certeza.
ps: Quero dizer a todos que com meu pai foi diferente.Estávamos todos muito exauridos de muitos meses de hospitalização e ademais a doença o fazia sofrer com muitos vômitos, às vezes asfixiantes.
Nos respeitamos em nossos limites e ele viajou prás estrelas de lá mesmo,do aeroporto do Hospital local.
Fico grata a Cristina, minha amiga do peito,de poder contribuir aqui singelamente com o que eu vivi ha quase vinte anos atrás.
FLOR DE LÓTUS
Deixo findo aqui esse post...
Lótus merece.
E abro outro ítem para as bizarrices de hoje.
Paz e Luz
Cris
QUANDO EM RECIFE, REENCONTREI UM POVO ASSIM, DE LUZ...
UM POVO COM QUEM COMPARTILHEI ANTIGAS PROPOSTAS DE TRABALHO ,JÁ FINDAS.
MAS VIVAS EM MEMÓRIA, REALIZAÇÃO E AMIZADE.
ENTÃO UMA DESSAS PESSOAS NOS DEU( A MIM E A VOCÊS) UM RELATO DE SUA EXPERIÊNCIA COM A MÃE...O DIVIDIR A DOR COM OUTROS CUIDADORES...E VER A FACE DA MORTE CHEGAR, PARA DESATAR OS LAÇOS CARNAIS.
OU SEJA: OURO EM PÓ...EM PALAVRAS...
TRANSCREVO UM POEMA E DEPOIS,NA ÍNTEGRA, A FALA DE "FLOR DE LÓTUS", A ABENÇOADA PESSOA.
LINDA E LIMPA, PAIRANDO ACIMA DESSA TRAGETÓRIA FAMILIAR.
COM VOCÊS, ÂNGELO E FLOR DE LÓTUS! CLAP CLAP CLAP!
É SÓ REZAR / ÂNGELO MONTEIRO/ O DESTINO DAS PALAVRAS/2000/2001
ENTRE NÓS CRESCE O PARQUE
VERDE VERDE VERDE
E É JAZIGO DE TUDO QUE NOS PERDE
OU NOS VIGIA.
ENTRE NÓS DORME O PARQUE
E TODA A VIDA QUE ARREFECEU
UM DIA.
POIS UM DIA
TODAS AS COISAS SE ESQUECEM
E UMA VOZ CLARA HÁ DE DIZER
- COM A MAIOR TRANQUILIDADE -
SOBRE OS TÚMULOS
E OS SEUS HOSPEDEIROS PARA SEMPRE:
DEPOIS É SÓ REZAR.
"Morte e processo de morrer
Quanto mais simples melhor.
Vamos descomplicar,retirar do mistério o momento do retorno às estrelas lá do céu.
Todas as ajudas são muito bem vindas e que cada um faça do seu jeito.
O que conta prá o doente e prá os acompanhantes é que todos sintam-se incluídos e amados.
Assim o fantasma da culpa por omissão não vira um pesadelo, e que pesadelo,pesado de muitas toneladas.
Acompanhar minha mãe,uma senhora de mais de 70 anos,já viúva,nosseus últimos meses e dias aqui na terra me deu a chance de começar a sentir menos medo da morte,do momento de desencarne em seu momento,naquela hora.
Aprendi coisitas simples e de muita força:
1 - Morrer em casa : que morrer em casa bem no seu espaço costumeiro,seu quarto,seus objetos,seus ares,sua janela por onde olhar o mundo,no caso o quintal lá fora pode ser bem mais aconchegante e tranquilo que num hospital.
Minha mãe morreu em casa com consequ~encias clínicas respiratórias,após uma longa depressão.
Morrer em casa,no lar.
Minha mãe morreu em casa por escolha e decisão nossa,de suas filhas,depois de várias idas e vindas ao hospital.
Para que esta decisão fosse tomada,nos reunimos as filhas com seu terapeuta,nos escutamos e cada uma pode dizer em que medida poderia estar presente nos rodízeos de plantão além da equipe médica responsável.Claro que passamos por muitos espaços de medo,medo da responsabilidade,medo de estar presente bem na horinha de seu vôo,medo de ser de noite,medos medos,muitos medos.
Mas nos juntamos e escolhemos.
Acedito que pesa muito o medo de errar seja lá o que for.
Como se qualquer erro fosse nos levar ao caos.
2 - A contribuição de cada um ao seu jeito : Cada uma de nós suas filhas,tinha seu jeito de contribuir: uma,a quem era mais difícil estar perto fisicamente pois isto lhe causava enorme sofrimento,cuidava das compras, de abastecer a casa com alimentos e outras providências administrativas.As outras ,além de estar alí ao lado fisicamente,recebiam vizinhos que vinham visitá-la e faziam assessoria geral no andamento das intervenções médicas,contatos e conversas.
3 - O uso da caderneta : Utilizamos um cadernito,tal qual um diário de bordo,com anotações do que se passava no nosso plantão.
Claro que não era um prontuário médico,mas um lugar onde escrevíamos o que queríamos sobre o desenrolar de seu comportamento e reações,visitas etc. e na hora da troca de plantão podíamos nos falar também de outras coisas da vida de cada uma de nós mesmo que rapidinho.
4 - O foco era a vida e não a morte : E isto fez muitas diferenças e também nos poupou de falações repetitivas.
5 - Oferecer o que se gosta: Foi só uma semana,seu tempo em casa.
Assim procurei oferecer a ela coisas que ela gostava:(isso também pode ser feito nos hospitais em algumas proporções)
A música : minha mãe sempre ouvia muitas músicas, ela adorava cantores populares e programas de rádioao meio dia tipo "almioço musical".
Eu sabia que ela estava presente e que seu coração e espírito escutavam mesmo que não manifestasse sinais no exterior e nem se comunicasse mais falando com a gente.
O cantor cantava e eu também.Às vezes me emociionava e chorava e dizia prá ela que meu choro era de emoção, de lembrar o quanto ela gostava daquela música.
6 - Chorar é uma bênção : tem gente que diz não chorar na frente do doente.
Aprendi a pensar diferente e penso diferente:o choro é uma bênção!Uma manifestação pura da emoção seja ela de medo,alegria,tristeza e até raiva(tem gente que quando está irado chora e chora)
Pois então,chore na frente,de lado,na diagonal,na paralela e em qualquer ângulo pois prá quem sabe,pois creio que o doente subsente que vai morrer isto não vai acelerar ou retardar sua hora.Isto vai lhe mostrar nossa humanidade.Nós humanos somos sensíveis e choramos.Sentimos dor e prazer.
Já se permitiu chorar acompanhado?
É genial o alívio quese sente juntos.
Sim...voltando a minha mãe
7 - Leitura de textos:Textos poéticos ou não - leituras do jornal do dia para quem gosta.
Mamãe gostava de escrever e poucos anos antes de sua doença se agravar,nos decidimos editar seus escritos,ora narrativas,ora poemas,com a ajuda de todos os seus 4 filhos,juntamente com seu terapeuta,um homem franzino no corpo físico mas corpulento e corajoso em seu espírito.
Ela se orgulhava de seus escritos e assim eu lia em voz alta prá ela.
8 - O momento da hora da morte - saber o que pode acontecer :Sim, muito importante:fez parte da decisão de trazê-la para casa saber dos médicos o que ia ou poderia acontecer nos seus últimos momentos.
Eles nos falaram que ela iria parar de respirar.
Então, não haveria sangramentos,vômitos ou outros movimentos físicos mais desconcertantes prá nós leigos.
E assim se fez,mamãe foi mudando de cor, e a respiração foi se concluíndo até um suspiro mais prolongado.
E assim seu espírito voou lá prás estrelas vestida no seu vestido cor de rosa que mais gostava.
Sim não esqueça de peerguntar com que roupa seu doente quer viajar prás estrelas
Lá bem no fundo de sua alma e de seu coração(mesmo que a alma não precise de vestimentas prá chegar nas estrelas) ele vai ficar bem contente de opinar,tenha certeza.
ps: Quero dizer a todos que com meu pai foi diferente.Estávamos todos muito exauridos de muitos meses de hospitalização e ademais a doença o fazia sofrer com muitos vômitos, às vezes asfixiantes.
Nos respeitamos em nossos limites e ele viajou prás estrelas de lá mesmo,do aeroporto do Hospital local.
Fico grata a Cristina, minha amiga do peito,de poder contribuir aqui singelamente com o que eu vivi ha quase vinte anos atrás.
FLOR DE LÓTUS
Deixo findo aqui esse post...
Lótus merece.
E abro outro ítem para as bizarrices de hoje.
Paz e Luz
Cris
AS PONTES, A TORRE E O CÉU.
Recife.
Das pontes que amo.
Do bairro da Torre.
Do céu escandaloso de azul, que estava.
Uma postagem longa, que nem sei se consigo.
Pois não é que escrevi tudinho aqui,no coração, como oração, e percebo que gastei a palavra, com a pena da emoção fervilhante na lousa da alma ?
Ao sentar aqui me veio o vazio Divino, de quem recebeu,recebeu..e nada reteu.
Mas eu havia combinado comigo mesma que começaria meu post pós viagem com um poema...
Eu fui levada a uma Torre,de onde pude tocar o Céu da Poesia.
Alta ,tão alta, que, uma vez lá, me percebi fora do mundo salteador do melhor em nós.
Anjelicais momentos com antigos anjos de minha vida.
Quântico: onde o passado e o presente?Por acaso existem?
Não.
Lá , um misto de minha vida doída da doidice alheia, por aqui, no sudeste, com
os rostos todos amados.Sãos.
A MUTÁVEL VISÃO
A PESSOA QUE VEMOS
É OUTRA DE CADA VEZ
A CADA VOLTA DA TERRA.
A PESSOA QUE VEMOS
É VOLÚVEL À VISÃO.
TAMBÉM NÃO SOMOS OS MESMOS
EM DIFERENTE ESTAÇÃO.
NO LONGO CARROSSEL DAS ESTRELAS
ASCENDERAM TANTO AS NOSSAS ÂNSIAS
QUE PERDEMOS O ÚLTIMO FÔLEGO
MESMO ANTES DE MEDIRMOS AS DISTÂNCIAS
ENTRE OS NOSSOS PÉS E AS NOSSAS MÃOS.
Ângelo Monteiro
Poeta poetinha vagamundo...
Eu cheguei aqui...e encontrei seus versos dentro de casa, na face de minha tia demenciada:
A PESSOA QUE VEMOS
É OUTRA DE CADA VEZ
A CADA VOLTA DA TERRA.
E essa fala sua impressa em minha mente consola sobremaneira.
Para o que é, aqui.
E o que sei que virá.
Ivone mutante.Ivone volúvel em seus momentos confusos.
Ivone chorando.E rindo,depois, esquecida de tanta dor.
TAMBÉM NÃO SOMOS OS MESMOS
EM DIFERENTE ESTAÇÃO.
Como disse Paulo Gustavo, "Poesia É O Que Te Trai E O Que Te Cala."
Calada estou.
Perdido o fôlego, por enquanto.
MAS EU JURO..
EU NÃO ENCONTREI AINDA CLÁUDIO AGUIAR!!!!!!
Paz e Luz
Cris
Das pontes que amo.
Do bairro da Torre.
Do céu escandaloso de azul, que estava.
Uma postagem longa, que nem sei se consigo.
Pois não é que escrevi tudinho aqui,no coração, como oração, e percebo que gastei a palavra, com a pena da emoção fervilhante na lousa da alma ?
Ao sentar aqui me veio o vazio Divino, de quem recebeu,recebeu..e nada reteu.
Mas eu havia combinado comigo mesma que começaria meu post pós viagem com um poema...
Eu fui levada a uma Torre,de onde pude tocar o Céu da Poesia.
Alta ,tão alta, que, uma vez lá, me percebi fora do mundo salteador do melhor em nós.
Anjelicais momentos com antigos anjos de minha vida.
Quântico: onde o passado e o presente?Por acaso existem?
Não.
Lá , um misto de minha vida doída da doidice alheia, por aqui, no sudeste, com
os rostos todos amados.Sãos.
A MUTÁVEL VISÃO
A PESSOA QUE VEMOS
É OUTRA DE CADA VEZ
A CADA VOLTA DA TERRA.
A PESSOA QUE VEMOS
É VOLÚVEL À VISÃO.
TAMBÉM NÃO SOMOS OS MESMOS
EM DIFERENTE ESTAÇÃO.
NO LONGO CARROSSEL DAS ESTRELAS
ASCENDERAM TANTO AS NOSSAS ÂNSIAS
QUE PERDEMOS O ÚLTIMO FÔLEGO
MESMO ANTES DE MEDIRMOS AS DISTÂNCIAS
ENTRE OS NOSSOS PÉS E AS NOSSAS MÃOS.
Ângelo Monteiro
Poeta poetinha vagamundo...
Eu cheguei aqui...e encontrei seus versos dentro de casa, na face de minha tia demenciada:
A PESSOA QUE VEMOS
É OUTRA DE CADA VEZ
A CADA VOLTA DA TERRA.
E essa fala sua impressa em minha mente consola sobremaneira.
Para o que é, aqui.
E o que sei que virá.
Ivone mutante.Ivone volúvel em seus momentos confusos.
Ivone chorando.E rindo,depois, esquecida de tanta dor.
TAMBÉM NÃO SOMOS OS MESMOS
EM DIFERENTE ESTAÇÃO.
Como disse Paulo Gustavo, "Poesia É O Que Te Trai E O Que Te Cala."
Calada estou.
Perdido o fôlego, por enquanto.
MAS EU JURO..
EU NÃO ENCONTREI AINDA CLÁUDIO AGUIAR!!!!!!
Paz e Luz
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